Escassez de talentos: Câmara de Contabilidade debate desafio número 1 do mercado

O Brasil está entre os 10 países com maior carência de profissionais qualificados. Em 2022, o índice de escassez de talentos superou a média global, atingindo 81%, dez pontos percentuais a mais que o ano anterior. Uma pesquisa da Deloitte mostrou que, entre os inúmeros desafios globais, a escassez de mão de obra e habilidades foram apontadas por 71% dos líderes C-Level. 

Uma dor, portanto, do setor privado como um todo, que também atinge o setor contábil. Dessa forma, nesta quinta-feira, 1 de dezembro, a Câmara de Contabilidade trouxe a executiva da área de Gestão de Pessoas, com experiência em posições de liderança em grandes multinacionais, Wilma Dal Col, para debater o assunto e trazer caminhos e insights para os empresários de contabilidade.

Segundo a especialista, a tecnologia e a transformação digital, mesmo parecendo contraditório, ao trazer automação, substituir tarefas repetitivas, recursos rápidos e otimização, colocou o foco nas competências humanas. “Hoje é fundamental um profissional que saiba se relacionar, trabalhar em equipe e compartilhar conhecimentos”, argumentou ela.

O coordenador da Câmara de Contabilidade, Márcio Teruel Tomazeli, ressaltou que, na maioria das vezes, na seleção para o preenchimento de vagas, o empresário contábil considera os aspectos técnicos dos candidatos, mas acaba não considerando as questões comportamentais.

Wilma Dal Col explicou que as empresas costumam contratar pela técnica e demitir pelo comportamento. “Hoje é preciso pensar conscientemente e objetivamente no fit cultural, buscar características nos profissionais aderentes e alinhadas à estratégia, aos valores e o jeito de pensar do negócio”, disse, ao destacar que aspectos técnicos podem ser ensinados, mas é difícil ensinar o compromisso.

Transformação do mercado

Segundo uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial em 2020, cerca de 40% das habilidades do trabalhador médio precisarão ser atualizadas para atender às demandas dos futuros mercados de trabalho nos próximos. “E a pandemia de Covid 19 veio e acelerou esse processo”, destacou Wilma, que trouxe alguns dados importantes para o debate:

– 75% dos empregadores não podem encontrar talentos com as habilidades que precisam para manter o crescimento;

– 84% das organizações antecipam um déficit de líderes nos próximos cinco anos; e

– 20% das futuras necessidade de força de trabalho pode ser entendida pela força de trabalho atual, tornando-se fundamental para reter manter times.

Retenção de talentos

O presidente do Sescon-SP, Carlos Alberto Baptistão, destacou a expectativa de crescimento da economia brasileira para os próximos anos, afirmando, que o desafio em relação a pessoas é grande, mas deu uma dica. “Precisamos cuidar das pessoas e é importante sempre lembrarmos que é muito mais oneroso e trabalhoso buscar novos talentos no mercado do que reter a sua própria equipe”.

Juntamente com o coordenador da Câmara Márcio Teruel, a moderação do debate também contou com a participação da diretora do Sescon-SP Regional em Osasco, Luciana Galli.

Confira a íntegra do evento em: https://www.youtube.com/watch?v=CEVfhjv7d-4.

Publicado em: 02/12/2022

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